O conceito de Smart Cities, ou cidades inteligentes, envolve o uso de energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria na qualidade de vida, segundo a União Europeia. Embora tenhamos alguns exemplos de municípios que começam a dar este importante passo no Brasil, notamos que o caminho ainda é longo para alcançar plenamente este objetivo.
No entanto, este assunto já é tema de discussões globais – afinal, um desenvolvimento conectado e inteligente pode gerar um avanço sustentável e muito tecnológico para o nosso futuro.
Seja na mobilidade, conectividade, planejamento, acessibilidade, qualidade de vida, interatividade ou eficiência, o conceito de cidades inteligentes envolve muitos ingredientes.
Recentemente, estive em Florianópolis (SC) e região para visitar alguns ambientes de inovação. Tive a oportunidade de conhecer a ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia), que congrega diversas empresas tecnológicas de diversos segmentos. Pude notar que as Smart Cities têm um braço muito forte de incentivo à inovação nas empresas. No espaço corporativo, por exemplo, o futuro é muito semelhante ao que conhecemos hoje como coworking.
Muitas empresas já estão aderindo a este modelo, com ambientes que são abertos, com pessoas e empresas diferentes dentro de um mesmo espaço, conversando e trocando experiências conforme as tarefas e os obstáculos surgem.
Isso, de certa maneira, cria um networking fortíssimo que, por sua vez, gera um ambiente de inovação e disruptividade gigantesco. Esta interação entre pessoas e empresas é o que impulsiona o desenvolvimento tecnológico nestas localidades.
Um ponto que me chamou a atenção foi que grandes empresas já estão dentro dessa engrenagem. São multinacionais que perceberam que precisavam se conectar com estes ecossistemas para resolver, de forma mais ágil e inovadora, os seus próprios problemas.
Portanto, o que eu enxergo como o futuro do ambiente corporativo é justamente a conectividade entre as pessoas e empresas. A tecnologia entra como protagonista neste quesito, afinal, pisamos no acelerador na geração de informações, coleta, comunicação em tempo real e análise de dados.
Toda a sociedade faz parte dessa caminhada, mas vejo que as empresas terão papel fundamental nessa história. Aliás, não sei se você pensou nisso, mas todas as empresas são formadas por pessoas.
Este é o início de uma jornada que promete nos entregar, principalmente, transformação – seja social, interpessoal e até corporativa!
Cinco princípios das cidades do futuro*
· Investir com sucesso em infraestrutura
· Fazer mais por menos, reduzir CapEx
· Manutenção e operação por menos, reduzir custo de falhas
· Transformação e disrupção de modelos existentes
· Melhorar a experiência do cidadão, engajar serviços e empresas locais para uma vida segura e saudável, conveniente e eficiente
*Segundo o IBM
Para que possamos pensar cidades inteligentes, precisamos de tecnologia e inovação. Não tem como dizer o contrário. Só não é possível conseguir este objetivo de maneira isolada. Realmente é necessário o engajamento de todos os setores da sociedade para que todos possam entender o objetivo e então participar ativamente deste movimento.
Então, bora fazer nossa Cidade mais Inteligente?
Exemplos de cidades inteligentes: https://www.youtube.com/watch?v=T6mK-Ukr_ts
Recomendação de leitura: Carta Brasileira das Cidades Inteligentes
Eng. Ricardo França
CEO RamalVirtual Telecom